quinta-feira, maio 15

«Saulo, Saulo, porque me persegues»

Após a morte de Estêvão, as autoridades de Jerusalém organizaram a perseguição aos cristãos. Os discípulos, principalmente os helenistas, judeus vindos do estrangeiro, dispersaram-se pela Judeia, Samaria, onde pregaram a nova mensagem; outros foram até mais longe, a Damasco, a ilustre e bela cidade da Síria, estabelecendo aí pequenas comunidades cristãs em centros habitados por judeus, grandes comerciantes que se sentiram ameaçados com a vinda destes convertidos ao «Nazareno». Com a caça aos cristãos, outros fugiram para Chipre, Fenícia e Antioquia. No plano de Deus, a perseguição levou os helenistas a afastarem-se de Jerusalém e a cumprirem o mandato de Jesus: «Ide por todo o mundo, e pregai o Evangelho a toda a criatura» (Mc. 16, 15). Saulo, conhecido pelo seu ardor e defesa da Torah, «respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor, apresentou-se ao sumo sacerdote e pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, com o fim de levar presos para Jerusalém quantos adeptos deste«Caminho» encontrasse, homens e mulheres» (Act. 9, 1-2).
Saulo, com cerca de 29 anos tinha sabedoria e prestígio e agora queria poder e autoridade para cortar pela raiz aquele ramo do novo grupo que se estabelecera em Damasco. Como zelador da tradição, Saulo tornou-se violento em palavras e actos. Secretamente, este discípulo de Gamaliel, que estudava a religião cristã para a combater, sentia, como lhe dirá o Senhor, que «é duro para ti recalcitrar contra o aguilhão» (Act. 26, 14).

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