quinta-feira, maio 15

A luta de um sofredor

Paulo era um homem preparado para o sofrimento, e isso era efectiva­mente a sua força. Nunca se poupou, nunca desistiu por dissabores ou desgostos, nem alguma vez almejou uma vida confortável.

Muito pelo contrário. Exactamente porque se expu­nha, porque não se poupava e se entregava à luta e se gas­tava por causa do Evangelho. "Quanto a mim, de bom grado darei o que tenho e dar-me-ei a mim mesmo total­mente, em vosso favor". Estas palavras da Segunda Carta aos cristãos de Coríntios (12, 15), revelam o mais íntimo deste homem.

Paulo não pensava que o principal objectivo da pastoral era evitar os problemas. Também não pensava que um apóstolo tinha de ter uma boa reputação. Não! Ele queria despertar, incomodar o sono das consciências, mesmo que isso lhe custasse a vida.

Dissemos antes que o seu êxito dependeu da sua disponibilidade para o sofrimento. Efectivamente devemos dizer que sofrimento e verdade andam juntos. Paulo foi combativo, porque era um homem da verdade. Mas, aquilo que de duradoiro cresceu das suas palavras e da sua vida aconteceu, porque serviu a verdade e sofreu por ela. O sofrimento é garantia necessária da verdade. E só a ver­dade dá sentido ao sofrimento.

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