sexta-feira, maio 30

A caridade segundo São Paulo

Para Paulo a ágape é sobretudo a maneira como Deus se prodigaliza livremente aos homens. Mas Deus, ao amar o homem, não o torna apenas objecto do Seu amor mas também sujeito do amor. De um amor passivo passa-se para um amor activo. A caridade é assim uma graça, mas uma graça que perfaz a parte essencial do estado ontológico do cristão. Paulo em 1 Cor 13 caracteriza a caridade com três traços: radicalidade, excesso, imperecibilidade. A caridade é algo essencialmente radical, porque tudo, mesmo o melhor, sem ela se torna nada. É algo excessivo porque produz por si todo o bem acima de toda a medida. É imperecível porque aquilo que dela se experiência agora está destinado a ser por toda a eternidade.

WALTER, Eugen – A Primeira Epístola aos Coríntios. Editora Vozes: Petrópolis, 1973. p. 232 - 245

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