segunda-feira, maio 19

As Cartas aos Gálatas e aos Romanos

Bem, “o tipo” cresceu muito, hein!!!

Como somos diligentes e fidedignos leitores das Cartas de Paulo, quando pomos frente a frente as Cartas aos Gálatas e aos Romanos deparamos que o autor maturou na fé.
Paulo teve de cavar fundo na sua experiencia de Cristo, para saber como reagir e o que dizer, para orientar o povo das comunidades. Aos vinte e oito anos, ele mesmo já tinha experimentado que a observância da Lei não tinha poder algum sobre Deus. Se Deus aproximou de nós em Jesus, não foi por causa dos nossos méritos, mas porque Ele mesmo o quis por amor.
A Carta aos Gálatas foi escrita, segundo alguns estudiosos, quando a luta estava no auge. Um grupo de «falsos irmãos» entrou na comunidade de Galácia e, pretendiam desmoronar Paulo por terra, diziam que, para alguém poder salvar-se, era necessário ser circuncidado e observar a Lei. Paulo estava em Éfeso ou em Corinto quando soube da notícia. Obviamente, o homem passou-se da cabeça, porque via todo o seu trabalho missionário naquelas terras de Galácia a ir para água a baixo, ou como diz o povo “em águas de bacalhau”. Foi então que Paulo escreveu a carta que é um grito de protesto, Carta aos Gálatas.
Todavia, a Carta aos Romanos já é, digamos, uma síntese mais reflectida. Nota-se que ali Paulo cresceu na fé. Portanto, é aqui que, depois de ganha a batalha, Paulo tenta organizar e sistematizar melhor o seu pensamento, já exposto na Carta aos Gálatas. A Carta aos Romanos é fruto duma batalha vencida.
Conclusão, estas duas cartas mostram como “o tipo” (=Paulo), no terceiro período da sua vida, maturou interiormente, e como chegou a isso através da vivencia dos conflitos, que sugiram na sua vida.
By Arlindo Tavares

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