Este post terá por base uma hipotética estrutura retórica da referida carta, tendo como ferramentas os elementos que integram essa estrutura e que, como tal, foram aprendidos na unidade curricular. Começaremos, pois, por uma análise da primeira secção: o praescriptum.
Podemos distinguir no praesciptum (1, 1-2) três eixos que constam da sua arquitectura: um supercriptum (“Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus […]”, v. 1), um adscriptum (“ […] a todos os santos em Cristo Jesus que estão em Filipos, com seus bispos e diáconos […]”, v. 1) e uma salutatio (“ […] “a vós a graça e a paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo”, v. 2).
Passemos a uma breve análise dos aspectos mais relevantes dos dois primeiros eixos: é de notar no supercriptum o título usado na apresentação dos autores: «servos de Cristo Jesus». Paulo não se apresenta na sublimidade da sua autoridade apostólica, mas colocando-se no mesmo nível que Timóteo. Com efeito, Paulo não emprega tal título de um modo arbitrário; pelo contrário, sabe que realmente é servo de Jesus Cristo, por quem [Paulo] se entregou totalmente. No entender de Paulo a expressão «servo» é um título de glória, empregue unicamente pelos crentes que receberam o mandato e a responsabilidade da actividade missionária[1].
No adscriptum surge mencionado a palavra «santos em Cristo Jesus». A santidade dos destinatários da carta não lhes advém de qualquer mérito humano, mas em virtude do dom da fé em Cristo que os cristãos da comunidade receberam no Baptismo. A sua santidade é, consequentemente, expressão da pertença a Jesus que, como tal, os obriga a ser santos não numa expectativa de uma eternidade, mas no esforço quotidiano de conversão[2].
A expressão «com os seus bispos e diáconos» remete para aqueles que assumiram a responsabilidade espiritual pela comunidade. Esta novidade exprime a preocupação do apóstolo: 1) pelo futuro da comunidade (principalmente quando já não vivesse junto deles; 2) pelos lapsos de tempo em que por motivos de variada ordem teria de se ausentar da comunidade[3].
Podemos distinguir no praesciptum (1, 1-2) três eixos que constam da sua arquitectura: um supercriptum (“Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus […]”, v. 1), um adscriptum (“ […] a todos os santos em Cristo Jesus que estão em Filipos, com seus bispos e diáconos […]”, v. 1) e uma salutatio (“ […] “a vós a graça e a paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo”, v. 2).
Passemos a uma breve análise dos aspectos mais relevantes dos dois primeiros eixos: é de notar no supercriptum o título usado na apresentação dos autores: «servos de Cristo Jesus». Paulo não se apresenta na sublimidade da sua autoridade apostólica, mas colocando-se no mesmo nível que Timóteo. Com efeito, Paulo não emprega tal título de um modo arbitrário; pelo contrário, sabe que realmente é servo de Jesus Cristo, por quem [Paulo] se entregou totalmente. No entender de Paulo a expressão «servo» é um título de glória, empregue unicamente pelos crentes que receberam o mandato e a responsabilidade da actividade missionária[1].
No adscriptum surge mencionado a palavra «santos em Cristo Jesus». A santidade dos destinatários da carta não lhes advém de qualquer mérito humano, mas em virtude do dom da fé em Cristo que os cristãos da comunidade receberam no Baptismo. A sua santidade é, consequentemente, expressão da pertença a Jesus que, como tal, os obriga a ser santos não numa expectativa de uma eternidade, mas no esforço quotidiano de conversão[2].
A expressão «com os seus bispos e diáconos» remete para aqueles que assumiram a responsabilidade espiritual pela comunidade. Esta novidade exprime a preocupação do apóstolo: 1) pelo futuro da comunidade (principalmente quando já não vivesse junto deles; 2) pelos lapsos de tempo em que por motivos de variada ordem teria de se ausentar da comunidade[3].
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