sábado, abril 19

COMUNIDADE DOS ROMANOS - ENTREPARENTISIS


Na continuidade do post intitulado "Comunidade dos Romanos - Análise Social", apresento o presente post.
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A EVANGELIZAÇÃO DE CORINTO
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Paulo e os companheiros estavam habituados a actuar em "território virgem" (Rm 15,20). Por isso, Paulo não podia imaginar que encontrasse em Corinto outros cristãos, entre os quais Priscila e Áquila. Estes últimos viam o seu ofício como um meio de conversão de um companheiro judeu, mas depressa perceberam que Paulo e os companheiros eram seguidores de Cristo e ficaram cheios de contentamento. (1)
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Priscila e Áquila não tinham tido sucesso como missionários em Corinto. A sua experiência em Roma deve tê-los levado a sentirem a sua incompetência na transmissão da fé. Pode ser que tenham voltado a participar na comunidade judaica, ainda que guardassem a memória de Jesus a quem haviam aceitado como Messias. Ora, a vinda de Paulo mudou tudo. A fé de Priscila e Áquila recebeu novo fôlego, a ponto de arriscarem avida (Rm 16,4). Prepararam o caminho para Paulo em Éfeso (1Cor 16,19) e, depois, em Roma (Rm 16,3). (2)
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JUDAIZANTES E ESPIRITUAIS
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"Os judaizantes, entretanto, não estavam sozinhos na oposição a Paulo. Há também indícios que apontam para os espirituais." (3)
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A situação em Corinto era dramática. "O perigo era muito mais insidioso que na Galácia. Os judaizantes perceberam o ataque frontal a Paulo. Agora procuravam consolidar a sua base entre elementos insatisfeitos na comunidade. Depois de conseguir isso, passariam a outros setores da Igreja, onde o terreno havia sido preparado, até certo ponto, pelas atitudes de Paulo." (4)
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(1) Cf MURPHY-O'CONNOR, Paulo: Biografia Crítica, Loyola, São Paulo, 2000, 271, 273.
(2) Cf Ibidem, 273.
(3) Ibidem, 307.
(4) Ibidem, 309.
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HELENA FRANCO
2008-4-19

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