segunda-feira, fevereiro 18

Revolucionário

Devo começar por dizer que sei muito pouco de Paulo. Nunca li as suas cartas como deve ser e sei muito pouco da sua teologia. Sei que são o melhor sítio da Biblia para tirar citações. Enquanto a narratividade dos Evangelhos torna-os quase mais acessíveis ou familiares, o discurso das cartas paulinas torna-as logo mais densas e percebo que requerem uma abordagem diferente. Acho curioso ou até admirável como Paulo desenvolveu este corpus tão essencial à fé sozinho e sem nunca ter conhecido Jesus. Obviamente que foi inspirado pelo Espírito Santo, mas fascina-me este lado da força individual e é para mim o exemplo sublime de ser cristão.

Também acho interessante como São Paulo é reverenciado pelos protestantes. Parece ser o núcleo central do cristianismo, para além dos próprios Evangelhos. Os protestantes podem tentar sempre reduzir o corpus bíblico ao seu fundamento mínimo, mas São Paulo é intocável. Assim, ele seguiu um caminho completamente pessoal e original mas que acabou por ser universal e não particular.

Tudo sobre São Paulo parece ser dramático. Acho que todos desejamos ter uma conversão à maneira dele. É inegável a força das suas conviccões e a clareza das suas ideias. Não se agarra a velhos axiomas e certezas por medo mas constata-se naturalidade e honestidade. Gostava de aprender este semestre sobre a mente e espírito deste homem santo e também perceber melhor o que é esta transformação do cristianismo.

1 comentário:

Lucilia disse...

Ólá, Linda. Gostei do que li.Realço as palavras "fascínio" e "original". É precisamente a originalidade de Paulo o que mais me fascina no Apóstolo!