quarta-feira, maio 21

GÁLATAS

1. PRAESCRIPTIUM: (1, 1-5)

Inclui o nome de emissário e seus companheiros. Tem destinatário e a saudação.

supercriptium: o emissário é Paulo e todos os irmãos que estão com ele.
Adscriptio: ele escreve às igrejas da Galácia
Salutio: graça e paz a vós, da parte de Deus, nosso pai e de Senhor Jesus Cristo. (1,3).

Inclui o nome de emissário e os seus companheiros irmãos, os destinatários e de uma bênção são elementos comuns nas cartas do Paulo. Aqui na carta aos gálatas também aparecem. Sem obstáculo, já desde saúde, o leitor adverte que está a receber uma correspondência com um conteúdo bas5ante delicado. No primeiro versículo, Paulo se apresenta com o título de apóstolo. O apóstolo era um delegado, o embaixador de todos os poderes oficiais. Paulo usa este título para apelar a sua autoridade devido a crise de Gálácia. Ele associa a si como nomeado directamente por Cristo e Deus e não por humanos. Por um lado Paulo defende a sua autoridade apostólica, que estava sendo questionado por outro lado, ao haver sido elegido por Deus directamente e não por uma instituição humana, se introduz indirectamente na controvérsia sobre a graça e a lei. Paulo utiliza o seu nome romano, ele também é chamado Saulo que é o nome Judaico helenizado. Paulo não muda o seu nome ao converter-se, pois Lucas é que utiliza desde o princípio.
“Graça e Paz à vós”: é o saúde cristão que reflecte o saúde judaico “misericórdia e paz” no qual aparece também nesta carta em 6, 16 antes de tudo os elementos comuns das cartas antigas, Paulo introduz aqui e na sua carta aos Romanos fragmentos teológicos com especial ênfase cristológico, a fim de fundamentar a fé, e sobretudo, clarificar sua posição perante seus destinatários. Em 1,4 aparece a formula cristológica mais antiga que menciona a expiação. Paulo centra a sua teologia na morte e ressurreição de Jesus. A finalidade da libertação não consiste obviamente em separar do mundo, mas sim fazer assumir sua liberdade como sujeitos, num mundo alienado.

2. EXORDIUM: (1, 6-10)

Ele começa com uma acusação 2Estou admirado de que tão depressa vos afasteis daquele que vos chamou…” v.6 e que outro não há, até mesmo se nós ou um anjo do céu vos anunciar como evangelho o contrario daquele que vos anunciámos v.8 o castigo seja anátema. (v.9) agradar aos homens, não seria servo de Cristo.

3. NARRATIO: (1, 11-2,14)

A chamada histórica do Paulo a pregar o evangelho (1, 11-2, 14).

A) O evangelho de Paulo não é de origem humano (1, 11-24).
B) O evangelho do Paulo foi aprovado pelos chefes da Igreja de Jerusalém. (2, 1-10)
C) Paulo censura em Pedro (v.14) não é a doutrina, mas a falta de lógica no modo de proceder em Antioquia. (2, 11-14)

4. PROPOSITIO: (2, 15-21)

O evangelho de Paulo exposto. Ao começo da carta, Paulo se assombra de como os gálatas desejam o Deus da graça por outro evangelho segundo a lei. No fim da carta, ele deseja que era verdadeiramente importante não é a circuncisão ou não circuncisão mas sim a nova criação. Ao longo da toda criação observa-se a intenção primária do autor é persuadir os seus destinatários para que não voltem atrás, submetidos a novos requerimentos presumidamente indispensável para pertencer ao povo de Deus. Sejam justificados pela fé e não pelas obras da lei. Ao receber o dom do Espírito podia viver em liberdade cristã praticando a justiça, como filhos livres de Deus.

Para provar sua posição Paulo propõe 4 argumentos e uma exortação:
1. Ele tem autoridade de Apostolo, eleito por Deus. O evangelho que ele anuncia é de origem divina. Além disso, os de Jerusalém já tinha aceitado seu ministério entre os não Judeus.
2. A justiça de Deus não procede da lei, mas da fé em Cristo. Deus acolhe pela fé e não necessita recorrer a outra coisa.
3. A justiça de Deus é para todos, judeus e não judeus. Desde Abraão, que actuou pela fé, as nações não judias haviam sido abençoadas por Deus conforme da sua promessa. Essa promessa é cumprida em Jesus Cristo.
4. Por dom do Espírito, os crentes são chamados filhos de Deus e chamam Pai a Deus. São filhos de mulher livre, segundo a alegoria de Agar e Sara.

Na exortação, Paulo vê que o Espírito vos ajuda e orienta a praticar a justiça sem necessidade de uma lei exterior.


5. PROBATIO:

No plano de Deus, a humanidade se salva pela fé e não pelas obras. (3, 1-4.31).

A) Primeira Prova: a experiência dos Gálatas ao receber primeiro o Espírito Santo (3, 1-5).
B) Segunda Prova: A experiência de Abraão e as promessas que Deus lhe fez. (3, 6-26)
C) Terceira Prova: A experiência dos cristãos no baptismo (3, 27-29).
D) Quarta Prova: A experiência dos cristãos como filhos de Deus (4, 1-11).
E) Quinta Prova: A experiência dos gálatas na sua relação com Paulo (4, 12-20).
F) Sexta Prova: A alegoria de Sara e Agar, as mulheres de Abraão. (4, 21-31).

6. EXHORTATIO:
O apóstolo exorta os gálatas a quem liberta dos laços da lei mosaica, a permanecerem na sua liberdade. A liberdade cristã, além do nos livrar das amarras da Lei libera nos também das obras do pecado que nos escraviza.

A) Aviso: permanecer na liberdade que Cristo nos deu. (5, 1-12)
B) Advertência: não caminheis segundo a carne mas segundo o espírito. (5, 13-26)
C) Conselho: A maneira correcta de usar a liberdade cristã. (6, 1-10).

7. POSTSCRIPTIO: a assinatura de Paulo recapitulação, bênção de despedida (6, 11-18).

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