sexta-feira, maio 30

GÁLATAS : ANÁLISE SOCIAL

Os Gálatas eram pagãos antes da evangelização paulina. Ao ler a carta de São Paulo aos Gálatas, sente-se uma tensão na comunidade entre os Gálatas, o Apóstolo e os chamados " agitadores" da Galácia.
A primeira tensão diz respeito aos cristãos-judeus e não judeus. Não obstante o acordo alcançado na Assembleia de Jerusalém, as tensões continuaram entre os cristãos da tradição judaica e os não-judeus, livres das observancias da Lei.
Para o judaísmo, era natural que os novos convertidos não-judeus sigam a tradição judaica e a observancia da Lei. A convivência não era fácil. Paulo disse que o importante não é a Lei nem a circuncisão mas a fé em Jesus Cristo. A Lei, em vez de libertar o home, escraviza-o e a adesão a Cristo liberta.
A salvação não se obtém nem pela lei, nem pela circuncisão mas pela fé em Jesus Cristo, fim da Lei que conduz à liberdade, à uma vida nova.
A segunda tensão diz respeito a Paulo e os agitadores da Galácia que estavam também a anunciar um outro evangelho. Estes agitadores eram judaizantes que insistiam na observancia da Lei inteira, no mínimo na circuncisão como sinal de aliança, e na observancia de algumas práticas judaicas.
Assim, estes agitadores colocaram em causa o Evangelho ensinado por Paulo. Este contra-ataque, defendendo o seu Evangelho em três fases:
- Donde vem o seu Evangelho? Recebeu-o directamente de Jesus Cristo ( 1, 11-2, 21 );
- Que contém o seu Evangelho? A Lei apenas um pedagogo para conduzir a Cristo, fim da Lei ( 3-4).
- Onde leva o seu Evangelho? À liberdade ( 5-6).
Resumindo e concluíndo, a comunidade de Gálatas era um terreno minado, muito fértil para a evangelização.

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