quarta-feira, maio 14

COMUNIDADE DE FILIPOS – ANÁLISE SOCIAL

A comunidade cristã de Filipos era constituída na sua grande maioria por indivíduos de origem pagã. O exemplo mais elucidativo é o caso da conversão de Lídia – que Lucas refere no contexto de Act. 16, 11-40.
No texto da correspondência, Paulo alude a um conjunto de aspectos que parecem definir o contorno do ambiente social dos cristãos de Filipos: ambições, vaidades, interesses próprios (2, 2-4) e relacionamentos interceiros (2, 12-15) – que irão abalar a coesão interna da comunidade.
A par da unidade lesada, um outro problema marca o tecido social da comunidade: (talvez?) um grupo de indivíduos – que o apóstolo alude no texto da carta: «Cuidado com esses cães, cuidado com esses maus trabalhadores, cuidados com os falsos circuncisos» (3, 2). A origem deste problema parece residir, assim, num grupo de cristãos da comunidade provenientes do judaísmo. Como tal, e para terminar este post, defendiam que para se alcançar a salvação, a prática mosaica da circuncisão era indispensável: o que desvirtuava e colocava em causa os ensinamentos do apóstolo nos princípios fundadores da comunidade.

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