quarta-feira, maio 21

Análise retórica da Carta aos Gálatas

A análise retórica da carta aos Gálatas é particularmente difícil. Ao contrário de outras cartas não é possível delimitar claramente os vários elementos da composição retórica da carta. Contudo, aqui fica uma tentativa de delimitação:

I) O Praescriptum 1,1-5, onde podemos destacar: O superscriptum 1, 1-2a
O adscriptio 1, 2b
A Salutatio/exórdio 1, 4-5
Temos de ter em conta a particularidade desta carta. No exórdio Paulo, ao contrário do quer é habitual não procura a “captatio benevolentiae”.

II) A Propositio 1, 6-10, esta Propositio tem um tom admoestativo, nela o apóstolo exorta de maneira indirecta, aos Gálatas, que abandonem as mentiras que têm seguido.

III) A Probatio 1, 11 a 4, 30
Paulo nesta probatio apresenta uma série de argumentos, que não se seguem de maneira sequenciada, mas se apresentam de maneira bastante confusa.
1) Apologia pessoal 1, 11 a 2, 21
2) Prova escriturística 3,1 a 4, 31
3) Baptismal 3, 27 a 29
4) Emocional 4, 13 e 4, 19.20

IV) A Peroratio 5, 16 a 26

V) O Postscriptum 6, 17 a 18, neste Paulo faz uma inclusão ao mesmo tempo com o início da Carta, mais precisamente com o exórdio, onde Paulo insiste com os Gálatas em desviarem-se do seu caminho; e também uma inclusão com o inicio da sua argumentação, onde Paulo faz uma apologia pessoal.

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