terça-feira, abril 8

Sou de Tarso, cidade que não deixa de ter importância

Podemos dizer que Tarso era uma cidade de comércio livre, exportava madeiras preciosas do Taurus e peles de ovelha para tendas e tecidos, duros e resistentes às chuvas e que, mais tarde os eremitas hão-de vestir para mortificar o corpo e, como provinham da Cilícia, deram o nome aos cilícios usados pelos monges nas penitências. A cidade era atravessada pelo rio Cidno que a ligava ao mar e era navegável.
Nas suas margens erguiam-se armazéns para o comércio. Barcos e comerciantes vindos de Éfeso, Alexandria, Corinto, Ostia e Espanha invadiam a cidade que se tornara cosmopolita. Nas cidades de cultura helénica, não havia diferença entre os cidadãos gregos, judeus ou romanos.
Podemos concluir que o jovem Paulo conheceu bem a sua cidade e costumes, nas suas cartas encontramos imagens tiradas do comércio marítimo e aos Colossenses escreve: para Deus «não há grego ou judeu, bárbaro ou cita, servo ou livre, mas Cristo que é tudo em todos» (Col. 3, 11).

Sem comentários: