quinta-feira, maio 22

«Enviaram-no para Tarso»

Em Jerusalém, Saulo era temido. Ter-se-ia de facto convertido a Jesus de Nazaré? Muitos desconfiavam dele. Um helenista natural de Chipre, de nome Barnabé, que em hebraico significa «filho da consolação», acreditou em Saulo e apresentou-o aos apóstolos, Pedro e Tiago. Deus permitiu que Saulo se encontrasse com Cefas, ou seja Pedro, para conhecer melhor a vida de Jesus Cristo e as tradições da Igreja. Durante quinze dias permaneceu em Jerusalém. Esta convivência entre Pedro e Saulo levou o apóstolo a conhecer as tradições da Igreja mãe, como nos revela na carta aos Coríntios, sobre as aparições do ressuscitado (1 Cor. 15) e as da Eucaristia, na última Ceia. «Porque eu recebi do Senhor o que também vos transmiti: que o Senhor Jesus na noite em que foi entregue tomou o pão e, dando graças, partiu-o e disse: «isto é o meu corpo, que é para vós, fazei isto em memória de mim…» (1 Cor. 11, 23).Em Jerusalém, Saulo não perdeu tempo, dirigiu-se à sinagoga dos libertos, ou seja a dos judeus oriundos do estrangeiro, e anunciou claramente que Jesus era o Messias esperado. Pouco faltou para ser morto como Estêvão. Diz o livro dos Actos que «falava e discutia com os helenistas; mas eles procuravam matá-lo. Tendo sabido isto, os irmãos, conduziram-no a Cesareia e daí o enviaram para Tarso» (Act. 14, 29).

Sem comentários: