No tempo de São Paulo, Antioquia era a cidade da riqueza, do luxo e da decadência moral. O escritor Líbânio, que tanto se ufanava da sua cidade, escreveu: «quando a noite cai, a luz do sol é substituída por uma outra claridade, o dia e a noite, para nós, só se distinguem pelo seu género diferente de luz.
Quem assim o desejar, pode cantar e dançar toda a noite, de maneira que, entre nós, Hefaisto e Afrodite reinam também durante a noite». Hefaisto era o deus das armas e Afrodite a deusa do amor que transformara esta cidade numa bacanal e urgia contínua.O escritor romano Juvenal, ao escrever a vida dissoluta de Roma, escreveu que «as águas do Orontes, tinham corrido para o Tibre depositando na cidade todo o seu lodo».As religiões orientais, com os seus cultos mistéricos, exaltavam todos os instintos naturais e a força procriadora.
A cidade tinha uma grande comunidade judaica que enriquecera com o comércio, mas adoravam um único Deus e tinham um culto que agradava aos que tinham um alto conceito da religião. A sinagoga recebia, além dos judeus, os «prosélitos» recrutados entre os pagãos e «os tementes a Deus» que tinham relações de amizade com os judeus e assistiam às suas orações. Apesar desta abertura religiosa, os judeus dirigiam-se aos membros do seu povo, eram um grão de sal na cidade corrupta, mas luz debaixo do alqueire.
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