quinta-feira, fevereiro 21

Acerca de São Paulo

Quando comecei a pensar no que iria escrever para este primeiro post apercebi-me que não sabia muito acerca de São Paulo, para além de alguns lugares comuns. Ou seja, que São Paulo era de Tarso, fariseu de cultura helenística, que tinha estudado com Gamaliel, que perseguiu a Igreja nascente, que se converteu após uma visão a camino de Damasco, etc... Por outro lado, a ideia que tenho de Paulo é sobretudo a que posso depreender das cartas e dos Actos dos Apóstolos. Penso que São Paulo terá sido alguém de muito determinado e que terá feito uma experiência muito forte de Jesus Cristo ressuscitado, sinto nele uma certa afinidade com os grandes personagens do Antido Testamento: muito fracos e hesitantes e ao memso tempo intrépidos, corajosos e até por vezes temerários. Assim, espontâneamente é tudo o que me ocorre dizer.
Bartolomeu

quarta-feira, fevereiro 20

O miúdo que gostava de escrever cartas

Tinha o porte de quem vinha para cumprir uma missão impossível mas tão possível, e de quem não queria outra coisa. Parecia um marroquino baixo, de cabelo rapado e com o olhar cheio de lâminas afiadas por uma grande paixão. Era misterioso mas bruto, louco mas silencioso e tão seguro. Tinha uma desinibição profundamente sólida e perspicaz. O castanho dos olhos era duro como os de um judeu que defende a sua amada lei com a espada desembainhada, mas também tinham o brilho leve da claridade de quem pensa sublimidades e a brancura das colunas do templo de Atenas. E assim eu ia percebendo porque é que tanto criava comunidades como rupturas pois, ao fim ao cabo, ele mesmo era uma comunidade de tantas coisas – até de dualidades e de paradoxos, e também de rupturas interiores.

Era um pequeno génio, de modos e palavras fracturantes como todos os génios. Terrivelmente cheio de carácter, de um carácter terrivelmente inteligente. Parecia que tinha conhecido Cristo na partilha cálida dos momentos banais e dos momentos especiais das suas vidas e parecia que tinha conhecido Cristo depois de tantos séculos passados no amadurecimento da Sua descoberta como redentor do universo. Naquele peito quase sujo e ferido de combatente a meio da batalha cabia um Jesus que era o seu amigo, o maior, o mais marcante, e o Jesus salvador cósmico, para quem a História e a Humanidade corriam.

Parecia um adolescente daqueles que pensam que podiam mudar o mundo, mas mudou-o mesmo. Agia e falava como quem tinha o segredo do mundo e da História, e tinha mesmo. Tinha uma das biografias mais bonitas do mundo, e sabia disso. Era um misto de guerreiro e de asceta. Era agridoce. E o castanho dos olhos era mole como os de quem sabe muito bem o que é e quem é a verdade.

terça-feira, fevereiro 19

Paulo, um homem de encruzilhadas

Saulo era um homem com grande força interior, um apaixonado por Jesus. Mas antes Paulo aparece nos Actos no contexto do martírio de Estevão e na perseguição aos cristãos. Foi na sequência da sua perseguição que se deu a sua conversão a caminho de Damasco (Act 9,1-30) O Senhor apareceu-lhe de forma inesperada. A partir daqui, para grande espanto de todos, começa a pregar a Boa Nova., que Jesus é Filho de Deus. A sua actividade missionária esteve centrada principalmente no anúncio aos gentios. Paulo pregou na Ásia Menor, Grécia, e em muitos outros lugares.

Quando lemos Paulo, encontramo-nos com um homem que nos desconcerta, por vezes parece que diz uma coisa e noutra carta parece que diz algo diferente do que tinha dito. Paulo é o louco impaciente do amor de Cristo.
Parece uma figura complexa, um homem de encruzilhadas: judeu/ gentio; Grego/Hebreu e tem titulo de cidadão romano; etc. Paulo é um inovador mas, por vezes, pouco compreendido.

segunda-feira, fevereiro 18

São.Paulo

Quando penso em S. Paulo, logo vem à cabeça um conjunto de informações muito interessantes que me interpelou por vários meios desde a minha infância. As informações que tenho recebido acerca desta figura são sempre surpreendentes e cada vez mais exigentes. S. Paulo é um grande missionário e homem da fé. Falar de Paulo é falar-se de um homem enigmático e ao mesmo tempo deixar-se fazer a experiência do Amor e da Fé. Em Paulo podemos ver uma enorme determinação de anunciar o Cristo Ressuscitado. Era judeu e muito religioso. Foi perseguidor de cristãos. O acontecimento de Damasco foi o ponto de partida. Ali ele teve uma experiência de tal modo marcante que se converteu a fé que anteriormente perseguia. Pregava com enorme convicção a fé em Jesus ressuscitado. Empreendeu muitas viagens e fundou várias Igrejas, comunidades e sofreu por causa da profissão da fé. Ele escreveu muitas cartas às comunidades e aos responsáveis destas comunidades. Segundo a tradição, foi martirizado em Roma A sua vontade, perseverança, motivação, empenho pastoral são para nós exemplo e caminho a abraçar. Podemos dizer sem dúvida que S. Paulo é uma das figuras fundamentais do Cristianismo. Daivadas V Thomas

S. Paulo - grande Evangelizador

S. Paulo sempre surgiu na Igreja como uma das grandes colunas e dos grandes vultos da história do cristianismo. Perguntamo-nos qual a razão. Talvez no seio da Igreja, Templo do Espírito Santo, as coisas não sejam tão ao acaso como aos olhos de um ateu possa parecer. S. Paulo era um fariseu cumpridor antes da sua conversão. Da sua conversão? Antes ele não era cumpridor, naquilo que o seu Espírito poderia compreender? O facto de ser uma personagem crucial no livro dos Actos é revelador da sua abertura ao Espírito e desígnios de Deus. O facto de que no barco onde S. Paulo ia nenhum dos seus companheiros se perdeu é outro indico da grandeza de S. Paulo. S. Paulo encarnou o projecto do livro dos Actos, levando o Evangelho aos confins da terra e é com certeza o exemplo para muitos de nós. Revelou um espírito aberto (outro sinal do Espírito?) que lhe permitiu ser um grande evangelizador dos gentios, assim como lhe permitiu ser a figura mais destacada a favorecer a abolição da necessidade da circuncisão no e dos estritos hábitos alimentares tradicionais judaicos. Por outro lado, é considerado um dos Apóstolos da igreja e por muitos a principal fonte da doutrina da Igreja: são inúmeros os seus escritos e as suas Epístolas são fundamentais no novo Testamento. Foi com certeza um homem que se entregou de corpo e alma à causa de Jesus e à Sua mensagem.

Domingos Pedro

Uma pequena aproximação ao epistolário Paulino [Parte II]

As cartas Paulinas são escritos ocasionais endereçados ou a comunidades [Tessalónica, Corinto, Filipos, …] ou a pessoas particulares [Filémon, Timóteo, Tito], mas o conteúdo nelas inscrito foi tão importante nestes primórdios do cristianismo que as cartas encerraram sempre um cunho universal, muitas vezes a pedido de Paulo, “e quando esta carta tiver sido lida entre vós (colonossenses), fazei com que seja lida também na igreja de Laodiceia” (Col 4, 16). De um modo geral, as epístolas seguem um plano geral a quatro tempos; primeiramente possuem uma saudação ao destinatário seguida de uma acção de graças, depois temos a exposição doutrinal do tema que se quer tratar, completada por uma exortação à sua prática; por fim, saudações particulares e a bênção final. A nível literário, temos o emprego da koiné e de um vocabulário rico, onde se estreiam palavras novas e se reinventam novos significados a termos antigos, adaptando a língua dos helenos às novas ideias cristãs. Contudo, embora fosse um escritor eloquente, o seu estilo, em geral, é descuidado, devido à excessiva atenção à ideia descurando da forma de expressão, sem se preocupar grandemente com as regras de retórica - “assim como não afirmamos que o Apóstolo tenha seguido os preceitos da eloquência, assim tampouco negamos que a eloquência tenha desaparecido por causa da sabedoria” (Santo Agostinho, De doctrina Christ. 4,7). O uso cronológico na leitura das epístolas, como antevia São João Crisóstomo, é de vital importância pois nos leva a perceber o centro de gravidade do seu pensamento, nem sempre fixo, ao longo das distintas etapas da sua vida e do seu deambular pelas comunidades. Assim sendo, exceptuando, na lógica, a carta aos Hebreus, pois existiram muitas dúvidas quanto à sua autenticidade nos séculos II-III, a ordem mais provável é:
a) Primeira e segunda aos Tessalonicenses, escritas durante a sua primeira viagem missionária;
b) Primeira e segunda aos Coríntios, Gálatas e Romanos, escritas na segunda viagem missionária;
c) Colossenses, Efésios, Filémon e Filipenses, escritas em Roma durante o primeiro cativeiro;
d) Primeira e segunda a Timóteo e Tito, escritas entre os anos 65-67.

Quem é S. Paulo?

S. Paulo é conhecido, melhor que qualquer outra personalidade do Novo Testamento, por suas epístolas e pelos Actos dos Apóstolos; como homem de três culturas: dus fontes independentes que confirmam e se completam, não obstante algumas divergências em pormenores.
Paulo nasceu em Tarso da Cicília (Act9,11;21,39;22,3) pelo início da nossa era, de uma família judaica da tribo de Benjamim(Rm11,1;Fl3,5). Foi um perseguidor implicável da jovem Igreja cristã. Recebeu desde a sua infância, em Jerusalém; de Gamaliel, seria formação religiosa segundo as doutrinas dos fariseus(Act22,3;26,4s; Gl1,14;Fl3,5).
Teve conversão súbita a caminho de Damasco. A partir deste momento consagrará toda a sua vida ao serviço de Cristo que o conquistou.
A sua pregação é antes de tudo o querigma apostólico, proclamação do Cristo crucificado e ressuscitado conforme as Escrituras. Seu Evangelho não lhe é próprio é da fé comum(Gl1,16;2,7-9) apenas com uma aplicação especial à conversão dos gentios.
Paulo é solidário das tradições apostólicas.

Paulo de Tarsis

Paulus é a forma latina do nome de Paulo e em grego é Paulos. O seu nome hebraíco é Saoul. O Apóstolo Paulo, filho de fariseu, nasceu em Tarsis (entre 5 e 10) e cumula a herança de uma dupla filiação: fariseu e cidadão romano. É a partir da figura de Paulo que o cristianismo nascente vai fazer a longa viagem, de Jerusalém até Roma, e espalhar-se em todo o mundo. A dupla identidade da figura de Paulo (Judeu e Cidadão romano) vai ser uma das características da fé cristã: mistura du impuro e do puro, o judeu e o pagão. Neste sentido, Paulo será chamado o Apóstolo dos gentions, ou seja, dos pagãos, uma das figuras centrais do cristianismo primitivo.É a partir desta dupla identidade de Paulo que se vai cinstruindo o cristianismo primitivo. Paulo certamente fazia parte da elite intelectual do seu tempo (abundância da sua obra). Paulo tornar-se-á o maoir promotor da nova religião cristã. Durante as suas viagens, Paulo fundará várias comunidades: Antioquia, Tessalonica, Roma, etc.
Alguns historiadores, sobretudo protestantes liberais, afirmam que Paulo foi o fundador do verdadeiro cristianismo (abundância da sua teologia e o seu paple na propagação da mensagem cristã). Para Étienne Trocmé: "sem negligenciar o imenso alacance do pensamento paulino, é preciso dizer que o apóstolo [Paulo] não é o criador das ideias centrais da doutrina cristã. A sua doutrina sobre Deus vem do Antigo Testamento e do judaismo. A cristologia que define a pessoa de Cristo é ligada à Igreja primitiva (Ac 2 e 4).
Em que diz respeito à importância de Paulo na divulgação da mensagem cristã fora do judaismo, convém também fazer algumas reservas e não esquecer que Jesus e os seus Discípulos eram naturais da Galileia, uma região em onde se misturavam Judeus e não-Judeus, terra de contactos, a Galileia era também na época de Jesus uma terra de contrates e de antagonismos. A predicação apostólica tem esta perspectiva universalista de uam religião cujo fundador quase nunca saiu da Palestina.
Paulo teve o mérito de "construir" um cristianismo de "simbiosa", uma mistura do puro e do impuro, e graças ao Paulo, houve o contacto entre a fé cristã e a cultura helenista. Por Paulo, o Cristianismo tornou-se uma religião universal.
No entanto, alguns autores pensam que Paulo é aquele que subornou o puro pensamento de Jesus. alguém escriveu que : "Paulo de Tarsis: aquele que traiu Cristo". E o mesmo autror anónimo escreveu: o que coca mais nos escritos cristãos são as cartas de Paulo de Taris que cada seita toma como pretexto para se separar dos outros e combater os... Paulo criou sem dúvida a base do cristianismo, mas são os patriarcas, os monges e os sacerdotes que, ao longo de muitos anos construiram a história nesta base, histórias que Paulo si próprio nunca teve intenção de escrever.
um outro autor considera Paulo como um mentiroso e afirmou que "Paulo não hesita de mudar de cor, Paulo como um personagem paradoxal (Rm 1,16; Rm 2,9-10, etc).
Alguns pensam que Paulo, na sua obra, e nomeadamente na sua primeira carta aos Tessalonissenses no capítulo 2, 15-16, é o "pai" do antisemitismo secular da Igreja cristã. os versículos tentam mostrar que os judeus são inimigos de todos os homens, pois matara Cristo.
"Tenho vergonha quando a Igreja católica celebra São Paulo", escrivia alguém, pois ele é o personagem mais incomodado da história das religiões.
Max ATANGA

Revolucionário

Devo começar por dizer que sei muito pouco de Paulo. Nunca li as suas cartas como deve ser e sei muito pouco da sua teologia. Sei que são o melhor sítio da Biblia para tirar citações. Enquanto a narratividade dos Evangelhos torna-os quase mais acessíveis ou familiares, o discurso das cartas paulinas torna-as logo mais densas e percebo que requerem uma abordagem diferente. Acho curioso ou até admirável como Paulo desenvolveu este corpus tão essencial à fé sozinho e sem nunca ter conhecido Jesus. Obviamente que foi inspirado pelo Espírito Santo, mas fascina-me este lado da força individual e é para mim o exemplo sublime de ser cristão.

Também acho interessante como São Paulo é reverenciado pelos protestantes. Parece ser o núcleo central do cristianismo, para além dos próprios Evangelhos. Os protestantes podem tentar sempre reduzir o corpus bíblico ao seu fundamento mínimo, mas São Paulo é intocável. Assim, ele seguiu um caminho completamente pessoal e original mas que acabou por ser universal e não particular.

Tudo sobre São Paulo parece ser dramático. Acho que todos desejamos ter uma conversão à maneira dele. É inegável a força das suas conviccões e a clareza das suas ideias. Não se agarra a velhos axiomas e certezas por medo mas constata-se naturalidade e honestidade. Gostava de aprender este semestre sobre a mente e espírito deste homem santo e também perceber melhor o que é esta transformação do cristianismo.

domingo, fevereiro 17

Aguarela da vida de um salmão… [Parte I]

Apraz-me contar-vos a vida de um salmão que, remando contra a corrente, vingou uma obra valiosa aos olhos de Deus. Nascendo em Tarso de Cilicia, de família judaica adita ao farisaísmo, cortou o caudal em que havia submergido a sua juventude estudantil quer nas sinagogas de Tarso quer em Jerusalém às mãos de Gamaliel; provavelmente apenas assimilou a cultura helénica por tracto social, pois o talmude era claro no que respeita ao frequentar escolas pagãs: “vê e busca que a hora nem seja de dia nem de noite, e consagra-a ao estudo da cultura grega” (Menahoth, 99b). Mas a reviravolta estava para borbulhar; Cristo glorioso aclarou o seu espírito fogoso e, a partir desse momento, de defensor da Lei e perseguidor dos cristãos tornou-se arauto da nova fé. E, nas três grandes viagens missionárias, nas quais enfrentou as fatigantes correntes contrárias, gerou novas comunidades cristãs, na maioria mistas, pois o seu fito era a evangelização dos gentios. E, tornado prisioneiro de Cristo, entregou o seu espírito às mãos do urso Nero, no ano a que a tradição prescreve como sendo de 67.

Paulo – que penso dele?

Acerca de Paulo poderia dizer muitas coisas, mas prefiro centrar-me naquilo que mais me impressiona: o modo radical da sua conversão, passando de perseguidor dos cristãos ao mais zeloso dos apóstolos; o modo apaixonado com que fala de Cristo, Aquele que apareceu a Saulo quando este O atacava na pessoa dos discípulos, e pelo Qual considerará tudo o que tinha (os privilégios de ser fariseu e discípulo de Rabbi Gamaliel) «como esterco, […] para conhecê-Lo, conhecer o poder da sua Ressurreição e a participação nos seus sofrimentos, para com Ele ser achado na sua glória».
Impressiona-me também o modo como escreve às comunidades, manifestando sem rodeios nem falsas humildades aquilo que pensa estar errado – tanto ao nível do legalismo judaizante como do laxismo e do vício paganizantes, apontando sempre o Caminho no qual ele próprio ou outros apóstolos havia(m) introduzido os irmãos, e do qual estes se estavam a desviar.
Não posso deixar de referir também o modo como acaba por preferir sofrer as suas debilidades e «o aguilhão na carne» para, através disso, poder experimentar a graça de Cristo, preferível a todas as excelências humanas, das quais até se poderia gabar.
Além disso, devo recordar que, apesar de sofrer terrivelmente com a incredulidade dos seus compatriotas, desejando até ser anátema no lugar deles, não considera estes laços de carne e sangue como obstáculo à vocação e missão para os quais Cristo o separara – a do anúncio da Boa Nova aos pagãos. Não olha para trás, mas sempre para Cristo, sua única meta, Luz que Deus fez brilhar no seu coração, e cujo morrer levará sempre no seu corpo para nele se manifestar assim a Ressurreição de Jesus.Em tudo isto evita ao máximo que os discípulos se liguem a ele como fonte de vida, mostrando-se como vaso de barro que se pode quebrar a qualquer momento, dado que o Amor sublime que anuncia e manifesta vem só de Deus.

Paulo de Tarso- um autor em (re)construção.

Paulo de Tarso, Paulo de Damasco, Paulo dos Gentios- O Evangelizador.
S.Paulo...O que me vem logo à ideia é a sua Fé inabalável e a força da sua pregação. Mas, quão ignorante me sinto ao pensar em Paulo Escritor!O que eu consigo dizer nada é, perante uma carga discursiva tão rica, tão multifacetada,tão profunda,contudo, e por isso,às vezes inviolável para mim!
É um misto de admiração e de ignorância; é o ter de pôr de lado muitas das ideias "certinhas e românticas" que eu trazia e tinha como certas.
Ler Paulo,hoje,para mim, é partir quase do zero, é descobrir no verdadeiro sentido,é descobrir novos sentidos, é sempre Renovação.
A força das Cartas ( só li Romanos e Gálatas )perturba,interroga, continuamente atrai e provoca, originando rucuos e re-leituras. Por vezes, gelam pela crueza; outras encantam, mesmo o leitor menos atento