quarta-feira, maio 28

BANQUETE DO AMOR: DA FILOSOFIA À MÍSTICA PAULINA DA CONJUGALIDADE

O filme Banquete do Amor (Feast of Love) de Robert Benton passa-se numa pequena comunidade de Oregon em que vive Harry Stevenson (Morgan Freeman), um professor que testemunha tudo o que acontece no local. A pouco e pouco são discutidas as várias facetas mágicas e misteriosas do amor, o que tem um acento da actual filosofia encarnada por Harry como antes por Platão ou por Schopenhaeur.

A comunidade de Corinto (1 Cor 7, 1-16) começa por ser o topos da construção do pensamento de Paulo sobre o matrimónio como lugar da vivência do evangelho. Há um elogio do matrimónio cristão, do seu significado em Cristo.

A mística da conjugalidade consiste em ser criado entre os cônjuges um campo magnético de santidade.

A força de atracção entre os esposos não é o amor esponsal, mas o próprio Cristo. Por isso, a mística da conjugalidade é cristológica, não importando tanto a mútua pertença entre os esposos, mas a pertença a Cristo.

Como pertencer a Cristo é ser baptizado, isto é, ser filho no Filho, há uma metáfora do Baptismo no filme Banquete do Amor, em que Harry paternalmente adopta uma filha. É de ver o filme. Melhor: é de ler os Escritos Paulinos como se Paulo fosse um Harry do tempo presente.


HELENA FRANCO
2008-05-28

Sem comentários: