É na carta aos Tessalonicenses que ouvimos ressoar no Novo testamento este acorde perfeito: «fé, caridade, esperança», quando Paulo diz aos Tessalonicenses. «guardamos na memória a actividade da fé, o esforço da caridade e a constância da esperança, que vêm de Nosso Senhor Jesus Cristo, diante de Deus e nosso Pai (1 Tes 1,3).
Paulo sugere que a fé, a caridade e a esperança são realidades constitutivas do ser cristão e por isso devem ser expressadas na vida corrente, através da confiança e da perseverança do dia a dia.
Paulo declara que soube, por Timóteo, como esta tríade era vivida pelos Tessalonicenses: «Agora que Timóteo voltou daí e nos trouxe boas notícias sobre a vossa fé e a vossa caridade» (1 Tes. 3,6). De cada uma, Paulo sublinha:
· uma fé activa e resistente capaz de ser experimentada no meio das tribulações;
· um amor entregue onde são capazes de demonstrar esse amor uns aos outros;
· uma esperança confiada que sabe esperar por Aquele em quem acredita.
Desta forma, o cristão distingue-se dos demais pois são «filhos da luz» enquanto os outros vivem nas «trevas» e de «noite», por isso diz: «Ao contrário, nós que somos do dia, sejamos sóbrios, revestidos com a couraça da fé e da caridade e com o elmo da esperança da salvação» (1 Tes. 5,8).
Mas esta tríade de Paulo não foi expressa somente aos Tessalonicenses, mas também aos Coríntios dizendo: «Agora permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e o amor; mas a maior de todas é o amor» (1 Cor. 13,13).
Para Paulo, o Amor é a chave e a resposta a todos os problemas e dificuldades. Um Amor que transforma o coração e é fonte de alegria. Por isso, diz: «Sede sempre alegres» (1 Tes. 5,16).
Os membros da comunidade eram perseguidos por causa do Senhor «Vós fizestes-vos imitadores nossos e do Senhor, acolhendo a Palavra em plena tribulação, com a alegria do Espírito Santo».
Esta tríade é a que se tornará nas virtudes teologais: fé, esperança e caridade.
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