4. A problemática da Lei na carta aos Romanos.
1). A humanidade debaixo da justiça da Lei (1, 18-3, 20).
O primeiro momento (1, 18-3, 20). É uma descrição do estado anterior ao evangelho. Paulo fala da culpa dos pagãos (1, 18-2, 8), dos judeus (2, 9-29) e de toda a humanidade (3, 1-20). Esta culpa justifica a ira de Deus. Mas em vez de ira vem a salvação por meio de Jesus Cristo.
Os pagãos não tendo a Lei, apesar de terem a lei natural, não quiseram encontrar Deus na criação e veneraram a criatura em vez de Criador na consequência das suas paixões. As sentenças como: “Agir segundo a natureza é agir com dignidade e agir sem dignidade é algo que vai contra a natureza humana” (Epicleto e Séneca) são a prova que os pagãos podiam escolher o modo justo de proceder.
O segundo momento (2, 9-29). Os judeus tendo Lei também estão debaixo da ira de Deus por não viver segundo a Lei. Argumentação é clara-os judeus têm Lei mas não a praticam. Daqui a Lei, para os judeus converte-se em testemunho da injustiça deles, de maneira que qualquer pagão que pratica a lei da sua consciência natural possui a justiça que não tem o judeu que não cumpre integralmente a Lei.
O terceiro momento (3,1-20). Todos nos encontramos diante do mistério do nosso pecado. Os pagãos com lei e sem lei, os judeus ainda mais porque conhecem a Lei de Deus. A reflexão de Paulo sobre a universalidade do pecado, (3, 9-20) tem como objectivo calar os judeus que se consideravam imunes do pecado porque ninguém pode ser justificado pelas obras da Lei: “Pois, pelas obras da Lei, ninguém será justificado diante dele. De facto, pela Lei só se chega ao reconhecimento do pecado” (3, 20). Paulo quer mostrar que a justiça de Deus não se consegue pelas obras mas só pela fé.
quarta-feira, maio 28
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